Ricos em calorias, gordura, açúcar e sal, pobre em nutrientes, vergonhosamente tentadora e tão irresistivelmente deliciosa que simplesmente não queremos parar de os comer - mesmo que não tenhamos fome! Os alimentos hiperpalatáveis deixam-nos com vontade de comer mais, o que pode levar a excessos e a um maior risco de ganho de peso excessivo e problemas de saúde relacionados.

A natureza irresistível dos alimentos hiperpalatáveis resume-se às fusões artificiais de três ingredientes específicos que induzem o sabor: gordura, açúcar e sal, geralmente juntamente com hidratos de carbono simples. Os alimentos hiperpalatáveis tentam-nos de muitas maneiras - pela sua aparência, pelo seu cheiro e pelo seu sabor, desencadeando desejos a que é difícil resistir. Imagina o cheiro do teu bolo preferido a cozer, ou uma barraquinha de rua a vender cachorros quentes ou nozes cristalizadas - só a memória é suficiente para nos deixar com água na boca!

Exemplos de alimentos hiperpalatáveis:

Gordura e açúcar: bolos, donuts, bolachas, brownies

Sal e gordura: hambúrgueres, cachorros quentes, pizza, batatas fritas

Os alimentos hiperpalatáveis levam-nos a comer apenas por prazer e não por fome, o que é conhecido como alimentação hedónica. O cérebro normalmente diz-nos quando temos fome (precisamos de energia) e quando estamos cheios (já consumimos energia suficiente). Mas com os alimentos hiperpalatáveis, o nosso cérebro concentra-se apenas no prazer - fazendo-nos desejar a comida, mesmo que não tenhamos fome, e não nos lembra de parar de comer, mesmo que estejamos cheios.

O problema com os alimentos hiperpalatáveis é que eles são densos em energia, o que significa que são ricos em calorias, mas pobres em nutrientes. Além disso, são relativamente baratos, estão disponíveis em abundância e são rápidos e cómodos. Se juntarmos a isto o prazer que sentimos quando os consumimos, temos uma tempestade perfeita. Quando recorremos regularmente a alimentos hiperpalatáveis, não só estamos a perder nutrientes importantes de que o nosso corpo necessita, como proteínas de alta qualidade, fibras alimentares e vitaminas e minerais, como também corremos o risco de comer em excesso e consumir mais calorias do que o nosso corpo necessita - os alimentos hiperpalatáveis estão associados ao aumento excessivo de peso e a doenças associadas.

Baseia 80-90% da tua dieta em alimentos integrais e ricos em nutrientes para nutrir o teu corpo. E deixa 10-20% para as guloseimas que nutrem a alma.

Prepara as tuas próprias refeições para perceberes melhor o que estás a comer.

Cria o hábito de verificar os rótulos nutricionais, para estares ciente dos nutrientes e calorias que estás prestes a ingerir.

Tem em atenção os grupos de ingredientes como gordura e sal, gordura e açúcar, açúcar e sal - características fundamentais dos alimentos hiperpalatáveis.

Cuidado com os bufetes! O estômago quer o que os olhos vêem, por isso, quanto maior for a diversidade de alimentos, maior é o risco de comer em excesso.

Tudo com moderação!